31/08/2009

Arctic Monkeys - Humbug




Arctic Monkeys - Humbug

O crítico mais cínico começaria por escrever qualquer coisa como: ainda há três anos andavam a apostar quem ficava bem na pista de dança e agora estão uns homenzinhos. Justiça lhes seja feita, os Arctic Monkeys tiveram que lutar muito para conseguir descolar o rótulo de "música feita por miúdos". Desde a estreia em 2006 que o nome deles vem articulado com carimbos como "nova esperança", "banda-revelação britânica" e outros que, atestando a popularidade dos Monkeys, não deixam de ser mimos com um prazo de validade muito definido.

Para continuar a ler, clicar aqui.


FMM 09: etapa Porto Covo (I)

Cumprida a etapa Porto Covo da 11ª edição do Festival Músicas do Mundo (FMM), importa fazer um primeiro balanço antes de subir a Sines. Os três primeiros dias do festival foram dominados pela música cigana e de raiz latina e o seu encontro com os sons de África. O público acorreu em massa e de forma entusiasmada ao recinto plantado à beira-Atlântico. Foi, de resto, a proximidade do oceano que levantou uma brisa agreste que nunca fez dispensar os agasalhos mas que os ritmos quentes trataram de afastar.

Para continuar a ler, clicar aqui.


23/08/2009

Bibi Tanga & Le Professeur Inlassable - Ayo




Bibi Tanga & Le Professeur Inlassable

Qualquer pretexto é bom para ouvir música soul mas um final de tarde de Verão é talvez o melhor de todos eles. Foi isso certamente que levou muitos dos festivaleiros de Sines a concentrarem-se à frente do palco junto à praia. Bibi Tanga & The Selenites tocaram no último dia da mais recente edição do Festival Músicas do Mundo na cidade alentejana.

Para continuar a ler, clicar aqui.


The Antlers - Hospice




The Antlers - Hospice

Não é a primeira vez que o trabalho literário de Sylvia Plath, a poetisa e romancista norte-americana que se suicidou aos 30 anos, se cruza com a música de raiz pop. Apenas dois exemplos: os Manic Street Preachers compuseram 'The Girl Who Wanted to Be God' numa clara alusão a ela; na contracapa de "Gold" de Ryan Adams, o nome de Sylvia Plath destaca-se no alinhamento de músicas por ser o único todo em maiúsculas. O espírito desequilibrado da escritora também paira, ainda que de forma menos denunciada, neste "Hospice".

Para continuar a ler, clicar aqui.


Choir of Young Believers - This Is For the White in Your Eyes




Choir of Young Believers - This Is For the White in Your Eyes

Não é de hoje a vontade de alguns músicos de injectarem arranjos de orquestra na frágil nervura pop das suas canções. Desde os Beach Boys até aos mais recentes Arcade Fire, nota-se um certo fascínio (que terá o seu capital de ousadia) em levar a pop à ópera. Aí, a música adquire uma grandiosidade invulgar, fazendo peças minimais e desarmantes soarem fortes e descomplexadas. A raiz permanece, no entanto, intacta e só o caule fica mais robusto.

Para continuar a ler, clicar aqui.


16/08/2009

Macacos do Chinês - Plutão




Macacos do Chinês

Em pleno mês grande do Verão, pasto fértil para festivais de música, ao olharmos um pouco para trás, encontramos um nome que merece um bocadinho mais de atenção. Os Macacos do Chinês tocaram no palco secundário do festival Delta Tejo, em Lisboa, no início de Julho. Na altura, demos conta do par de MCs certeiros, das batidas gordas e do baixo agressivo, a espaços tocado com arco de violino, que levaram para o palco.

Para continuar a ler, clicar aqui.


Playlist > Julho 09

Dub on the rocks

Rockers Hi Fi - Transmission Central
The Orb - Little Fluffy Clouds
Nitin Sawhney - Sunset
Dub Syndicate - Health Food
Tosca - Chocolate Elvis
Transglobal Underground - Ali Mulah

Versões improváveis

Mísia - Love Will Tear Us Apart
Joy Division - Love Will Tear Us Apart
Jazzanova - Dial a Cliché
Morrissey - Dial a Cliché
The Murder City Devils - I'll Come Running
Neil Diamond - I'll Come Running

Descobertas e reencontros em Sines

The Ukrainians - Diaspora
Circo Abusivo - Sandella Style
Melech Mechaya - Dança do Desprazer
L'Enfance Rouge - Azizati
Hanggai - Five Heroes
Kasaï Allstars - Mpombo Yetu


15/08/2009

Sunset Rubdown - Dragonslayer




Sunset Rubdown - Dragonslayer

Aos poucos, Spencer Krug vai assumindo as proporções mitológicas que canta nos seus vários projectos musicais. Envolvido nos Wolf Parade, Swan Lake, Frog Eyes e Fifths of Seven, a história recente do indie rock canadiano passa obrigatoriamente por ele. Os Sunset Rubdown começaram, de resto, por ser um projecto a solo de Krug mas rapidamente ganharam forma de banda. Uma banda que o último álbum "Dragonslayer" confirma como épica.

Para continuar a ler, clicar aqui.


Alive! 09: Lykke Li e Linda Martini

Poucos minutos depois dos Black Eyed Peas abandonarem o palco principal do Alive! 09, entrava num palco secundário a jovem sueca Lykke Li. Vestia uma espécie de túnica - como na primeira vez, em Dezembro, só que desta vez aquilo terminava numa saia curta. Munida de uma baqueta que, por vezes, usa quase como batuta, a loira de negro abriu com 'Dance, Dance, Dance', passou por outros temas da estreia em "Youth Novels" (2008), como 'Little Bit', 'Complaint Department' e 'Let It Fall' e ainda introduziu um tema novo mas não disse o nome. Perante uma tenda a cerca de dois terços da capacidade, Lykke Li e a sua banda cumpriram quase uma hora de um electropop entre a melodia e a vertigem. Entregue a danças concêntricas e de braços alados, a sueca ainda provocou alguns problemas de feedback quando se serviu do megafone. Mas impressionou, como faz sempre.

Para continuar a ler, clicar aqui.


A máquina dos Black Eyed Peas

Os Black Eyed Peas estão diferentes, menos hip-hop e mais electro, e isso já o álbum deste ano, "The E.N.D.", mostrava. Sobre o quinto disco da banda californiana, o MC e produtor will.i.am disse um dia tratar-se de funk electroestático. Foi mais ou menos isso que levaram para o palco principal na terceira e última noite do Alive! 09. Depois de uma introdução em off contra um cenário futurista, feito à imagem do trabalho gráfico do novo disco, foi com 'Let's Get It Started' (de "Elephunk" de 2003) que a festa começou.

Para continuar a ler, clicar aqui.


Ayo, a doce revolucionária

Nascida na Alemanha mas filha de pai nigeriano e mãe cigana, Ayo tem na música um código genético que a liga ao afrobeat de Fela Kuti e à neo-soul de Erykah Badu ou Lizz Wright. Na sua estreia em palcos portugueses, no terceiro e último dia do Alive! 09, ela entra sorridente e a aplaudir o público que ia crescendo à boca do palco. Depois de uma breve introdução, de guitarra acústica ao ombro, toca 'I Am Not Afraid', o tema que abre o segundo e mais recente álbum, "Gravity at Last", editado no ano passado.

Para continuar a ler, clicar aqui.


Regina Spektor - Far




Regina Spektor - Far

Há artistas condenados a crescer para lá do tecto que abrigou as suas primeiras criações. Isso tem obviamente um valor de compensação, depois de anos de trabalho, mas pode também tornar-se uma maldição. Veja-se o caso de Cat Power: já poucos se lembram de como ela soava desequilibrada em "Dear Sir" (1995) ou "What Would the Community Think" (1996). Agora está mais doce, menos interessante para os seguidores de então, enquanto vai ganhando novos aduladores da sua voz magoada e nublada.

Para continuar a ler, clicar aqui.


TV on the Radio, os grandes

Num dia em que o palco principal do Alive! 09 esteve totalmente dominado pelo metal, os outros dois tinham boas alternativas para os apetites menos pesados. Entre eles, os TV on the Radio eram um dos nomes mais estimulantes e deram, muito provavelmente, o concerto da noite - nem que tenha sido apenas na divisão em que foram a jogo, a dos palcos secundários. Ao cair da noite em Algés, a banda de Brooklyn foi recebida debaixo de aplausos por uma "sala" praticamente cheia e a química instalou-se.

Para continuar a ler, clicar aqui.


Um colosso chamado Mastodon

Com uma década em cima, os Mastodon nunca como agora conseguiram tocar tantas sensibilidades fora do metal sujo e progressivo. "Crack the Skye", o quarto álbum, tem sido recebido como um objecto de culto, e até transgeracional, porque devedor tanto do lado mais progressivo da música de guitarras como do rock de filiação mais clássica. O disco contém aliás uma peça colossal de 10 minutos, 'The Czar', dividida em quatro partes, e perfeitamente capaz de agradar aos amantes dos jogos de conceitos. No entanto, em Portugal, o metal conceptual da banda de Atlanta não mereceu mais do que um segundo lugar no alinhamento do palco principal.

Para continuar a ler, clicar aqui.


11/08/2009

My Bloody Valentine - When You Sleep




My Bloody Valentine

O segundo e último disco dos My Bloody Valentine (até à data) é daqueles documentos históricos que insistem em reclamar relevância ao longo dos anos. Finalmente editado em Novembro de 1991, depois de gravado durante dois anos em 19 estúdios (!), "Loveless" é um verdadeiro assombro, peça definidora e fundamental dessa coisa a que se chamou shoegazing. O termo foi criado pela imprensa britânica para se referir aos artistas que tocavam praticamente imóveis e concentrados nos pedais de efeitos, como se fitassem os sapatos.

Para continuar a ler, clicar aqui.


Wilco - Wilco (The Album)




Wilco - Wilco (The Album)

A teoria sobre os Wilco é antiga e já foi aplicada noutros contextos: a difícil superação de um disco maior, editado na primeira parte da carreira, ensombra tudo o que é lançado a seguir. O caso da banda de Chicago é, no entanto, especial. Os Wilco não têm apenas um álbum maior mas três, sendo que o maior deles todos, "Yankee Hotel Foxtrot" (2002), teve o parto mais complicado mas também o mais compensador: rejeitado pela editora, o disco viria a fazer o pleno junto da crítica e do público. Para as contas da trindade discográfica que importa nos Wilco ainda entram "Summerteeth" e "A Ghost Is Born".

Para continuar a ler, clicar aqui.


Hear Globally: A Cumbancha Collection




Hear Globally: A Cumbancha Collection

Um sampler é a forma muitas vezes encontrada por uma editora para fechar um ciclo de edições e apresentar o catálogo a potenciais novos interessados. Há vários exemplos de sucesso, sendo que, no capítulo da world music, a Rough Trade tem acumulado uma invejável montra de discos pensados por género ou país. Concebida pelo etnomusicólogo Jacob Edgar, que, nos últimos oito anos, foi director de pesquisa musical e desenvolvimento de produto na Putumayo World Music, a Cumbancha é uma jovem editora já com um impressionante património que importa revisitar.

Para continuar a ler, clicar aqui.


02/08/2009

Amadou & Mariam - Sabali (Theophilus London remix)




Amadou & Mariam

A canção em destaque neste Cotonete Play é a prova de que há encontros felizes na música e de que, muitas vezes, os melhores encontros são também acidentais. Amadou Bagayoko (na guitarra e na voz) e Mariam Doumbia (voz) formam um duo do Mali. Ambos cegos, casaram no início dos anos 80 e gravam juntos desde então. No ano passado, editaram "Welcome to Mali" (capa na imagem), um álbum que abre com 'Sabali'.

Para continuar a ler, clicar aqui.


David Bowie - VH1 Storytellers




David Bowie - VH1 Storytellers

Ao ler as notas que acompanham a edição deste "VH1 Storytellers", vêm à memória as caras de pânico dos agentes da MTV quando os Nirvana decidiram ocupar uma grande parte do "Unplugged" com versões obscuras. Escritas pelo produtor executivo do programa, essas notas recordam o esforço pessoal de Bill Flanagan para convencer David Bowie a tocar mais temas clássicos e alinhar algumas músicas do então recém-editado "Hours...".

Para continuar a ler, clicar aqui.