Yo La Tengo entre o som e a fúria

Os Yo La Tengo têm uma classe, um charme próprio que o quarto de século de estrada lhes deu, mas é um charme algo desajeitado - como no início, em 1984. O guitarrista Ira Kaplan, então, rivaliza com Thurston Moore (dos Sonic Youth) na pele de eterno adolescente: ele, a t-shirt, os jeans e os ténis All Star são inseparáveis. A acompanhá-lo no concerto deste domingo na Aula Magna, como sempre desde que estabilizaram como trio, estiveram a esposa Georgia Hubley (magistral na bateria, doce na voz) e o mais reservado James McNew a distribuir gordas linhas de baixo.

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Owen Pallett, um violino no teatro

Final Fantasy, agora Owen Pallett para evitar problemas de direitos de autor, é um fenómeno estranho. Discreto mas impecável no seu conjunto de camisa branca e calça preta (a fazer lembrar o grilo falante dos livros infantis), o compositor canadiano ganhou nome ao co-assinar os arranjos de violino dos conterrâneos Arcade Fire. Sozinho, editou dois álbuns em anos sucessivos e "Heartland" já neste 2010. Mas nada disto explica as duas datas esgotadas no Teatro Maria Matos, em Lisboa, nem a absoluta rendição do público. Enfim, há coisas sem explicação.

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Coffee Breakz em mira técnica

J Dilla (na foto), King Midas Sound, Prince, Motor City Drum Ensemble e Joy Orbinson remisturado são alguns dos convidados da próxima edição do Coffee Breakz. Como sempre, a não perder... se não estiver nada interessante a passar na televisão!

01 Washed Out Get Up
02 Lukid Veto
03 King Midas Sound Lost
04 Rotating Assembly Orchestra Hall
05 Anthony Shakir Shake It Up Dub (Remix)
06 Robert Owens Bring Down the Walls
07 Lone Once in a While
08 Jacob Korn Grosskariert
09 Joy Orbison The Shrew Would Have Cushioned the Blow (Actress remix)
10 Prince When Doves Cry
11 Dez Williams Abandoned Emotions
12 DJ Duke Future Blast
13 Glass Domain Interlock
14 Drexciya Lost Vessel
15 The Future Daz
16 Aardvarck Tulti
17 Motor City Drum Ensemble Raw Cuts #5
18 Basic Soul Unit Hopy Unity Vision
19 Adonis No Way Back
20 K-Alexi Vertigo
21 J Dilla Nothing Like This

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emitido a 09 Março

Strong Arm Steady - In Search of Stoney Jackson

2010
Stones Throw / Flur

Continua o concurso de pilas entre as costas leste e ocidental dos EUA, com novos argumentos para LA num disco produzido por Madlib.

Nas convenções do hip-hop americano que interessa, o Wu-Tang Clan ocupará sempre a cadeira de embaixador da costa leste. Mesmo que o clã ande meio desmembrado (sobretudo depois da morte de Ol' Dirty Bastard, em 2004) e comece a consentir mais espaço e projecção a gente como Jay-Z, as ruas da East Coast pertencem por legítimo direito a RZA, GZA, Raekwon, Method Man, Ghostface Killah e restantes membros.

Do outro lado da América, a voz do gueto sempre se ouviu mais em cidades como Los Angeles e São Francisco. Foi esse o epicentro do hip-hop da costa ocidental, com os históricos N.W.A. à cabeça. No entanto, no final dos anos 1990, Nova Iorque voltou a reclamar o protagonismo entretanto perdido, enquanto em LA o movimento associado à Death Row Records (selo fundado por Dr. Dre e morada de 2Pac e Snoop Dogg) começava a fraquejar com batalhas legais à mistura.

Os Strong Arm Steady (SAS) foram contemporâneos desse desabrochar e posterior declínio do gangsta rap ocidental. Formado em 2003, o colectivo chegou a ter oito elementos (uma espécie de clã da West Coast) mas, nos últimos anos, o miolo foi sendo reduzido até chegar ao formato actual de trio: o albino Krondon, Phil Da Agony (parte dos Barbershop MCs) e Mitchy Slick. Natural de San Diego, este último passou a integrar a massa criativa dos SAS depois de colaborar com Xzibit, contribuindo de forma decisiva para impulsionar o grupo no florescente mercado de mixtapes.

A troca de cassetes no underground de LA foi, de resto, um dos principais motores da divulgação do som dos Strong Arm Steady. Em 2007, gravaram finalmente o disco de estreia, Deep Hearted, que abre com citação de Jack Nicholson. Três anos depois, sai este In Search of Stoney Jackson (de novo, a homenagear um actor), um disco produzido por Madlib e com o selo da obrigatória Stones Throw. Já agora, consta que o "beat junkie" J.Rocc forneceu quase duas centenas de bases para o grupo trabalhar.

A referência às convenções no início do texto não foi casual: este disco parece uma reunião magna do hip-hop, com alguns dos mais relevantes produtores da actualidade, de Talib Kweli a Oh No (o irmão mais novo de Madlib). Da balada soul na inaugural "Best of Times" ao name-dropping desgovernado (Eminem, Ice Cube, 50 Cent, Andre 3000, LL Cool J, ...) em "Bark Like a Dog", já perto do fim, o álbum cresce em acutilância como se estivesse num comício de pilas apostado em ganhar. Em "Chittlins & Pepsi", por exemplo, que conta com a incrível voz de Planet Asia, o verso "that's why I got you pregnant 'cause your pussy was fertile" faz corar até o mais debochado.

Só pelo verso em cima, pela presença de Kweli em "Get Started" e pelo toasting de Guilty Simpson em "Needle in the Haystack", já valia a pena deitar a mão a In Search of Stoney Jackson. Ponto final.

http://www.bodyspace.net/album.php?album_id=1756

The Poppers: o rock veio de vespa

O rock quer-se perigoso, infectado e cheio de nervo mas não necessariamente de novidade (já tudo foi inventado, como se sabe). Ninguém, no seu perfeito juízo, espera que uma canção - uma só canção - mude o mundo. Mas, a avaliar pelo concerto deste sábado de apresentação do segundo álbum, "Up With Lust", os Poppers começam a mudar a vida de alguns. Com a sala 2 do Cinema São Jorge, em Lisboa, a cerca de dois terços da capacidade, a banda dos Olivais apresentou-se em impecáveis fatos retro e cheia de uma coolness devedora à subcultura mod, que estoirou na Londres dos 60 e encheu as ruas de scooters.

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The Poppers - Up With Lust

Os Poppers fazem um rock infectado e com as pilhas carregadas de nervo e de risco. Sempre com impecáveis fatos e a transpirar a doutrina da subcultura mod, a banda dos Olivais regressa com novo álbum, quatro anos depois da estreia com "Boys Keep Swinging". O ar deste "Up With Lust" é de Lisboa por força das origens do grupo mas o epicentro cultural continua a ser a Londres dos anos 60, numa altura em que as scooters enxameavam as ruas.

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Soul Clap na boleia até Boston

Boston é o pontinho no mapa musical do Coffee Breakz desta semana. Os DJs Elyte e Cnyce são os mestres de cerimónia como parte do duo Soul Clap (na foto). Reza a lenda que os produtores se lançaram na música quando foram atingidos por um raio de luz de Sun Ra, enviado a partir do planeta Saturno. Este pedaço de biografia prova que mais vale uma história engraçada do que uma história verdadeira. E o que fica é uma hora de soul, disco e techno para ouvir em qualquer esquina deste planeta.

01 Soul Clap's Boston, Massachusetts Intro
02 Soul Clap Dreams of Tomorrow (Mo Money)
03 SECT Hi-Fi All Around
04 Soul Clap Extravaganza
05 Tanner Ross & Sergio Santos Excuse Me While I Hit This
06 SECT Man of Wisdom
07 Clapz II Dogz Dogz
08 Mystery Roar Mayhem (Soul Clap Edit)
09 Axel Bartsch Daight (Soul Clap's E-Funk Remix)
10 Gadi Mizrahi & Soul Clap Yer Body (Kills Me)
11 Bad Rabbits She's Bad (Gadi Mizrahi & Soul Clap Remix)
12 Bon Johnson From the Heart (feat. Dana D)
13 Armand Van Helden Spin the Bottle (Axis Mix)
14 Darryl Douglas Holding On (Kon's Edit)
15 Soul Clap Baker Man
16 Soul Clap Ghosts Edit

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emitido a 02 Março

57 minutos de cafeína pura

O Coffee Breakz desta semana apresenta 57 minutos de house de vanguarda, electro pesado nos baixos, funk via Reino Unido e um toque de tropicalismo. Para escutar selecções de Wiley (na foto), Octa Push e Sabo, entre tantos outros.

01 Wiley I Could Never Be Your Woman (Solo (UK) 'Loves Garage' Remix) (feat. Emeli Sande)
02 Roska Elevated Level (Kingdom Edit feat. Brandy)
03 Bok Bok Ripe Banana VIP
04 Mosca Square One (Julio Bashmore Remix)
05 Stush and Hard House Banton We Nuh Run (Sirens Riddim)
06 Lil Silva Pulse vs. Flex
07 French Fries Predator (Tomb Crew Remix)
08 WILDLIFE! Jumbie (Schlachthofbronx Remix)
09 Riot Kid Darjeling (Edu K Remix)
10 Cubic Zirconia Josephine (Egyptrixx Remix)
11 DJ Eastwood Elastik
12 Untold Anaconda
13 Brackles Rawkus
14 Octa Push Dubshh
15 Zinc Blunt Edge
16 Charlie Glitch Narko Polo (Maddjazz Remix)
17 Lazy Flow Mojitoast
18 Sabo Negra Chula
19 Daniel Haaksman (feat. MC Miltinho) Kid Conga (Rob Threezy Remix)
20 Redlight Pick Up the Phone (feat. Jenna G & Jammer)
21 MJ Cole AO (feat. Serocee)
22 Zed Bias feat. MC Rumpus and Nicky Neighborhood 09 (Zed Bias Club Mix)

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emitido a 23 Fevereiro

Gil Scott-Heron, o Dylan negro

Depois de assinalar o primeiro grande acontecimento do ano no Lux, o Coffee Breakz mostra a actual má figura dos Massive Attack e o bom ar de sempre de Charlotte Gainsbourg. As selecções nacionais são da responsabilidade do selo Enchufada, incluindo Orelha Negra, 1-Uik Project e Macacos do Chinês. Para o final, reservámos um especial à volta da palavra de Gil Scott-Heron (na foto).

01 Dâm-Funk Mirrors
02 Strong Arm Steady Get Started (feat. Talib Kweli)
03 Massive Attack Pray for Rain
04 Charlotte Gainsbourg Heaven Can Wait
05 Orelha Negra Blessed
06 DJ Riot Mermaid Dub
07 1-Uik Project Brada
08 Macacos do Chinês Babilónia
09 J Wow Off With Yo Heads (feat. Aloe Blacc)
10 Octa Push Meninas

11 Gil Scott-Heron
11.1 New York Is Killing Me
11.2 Definition of a Poet (do filme "Poet" com Ursula Rucker)
11.3 Where Did the Night Go

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emitido a 16 Fevereiro

The Knife - Tomorrow, In a Year

Depois da edição de "Silent Shout" em 2006, o que se ouviu dos Knife foi justamente um grito surdo. O duo sueco, formado pelos irmãos Karin Dreijer Andersson e Olof Dreijer, entrou em licença sabática e só agora regressa, ainda para mais com uma ópera. No ano passado, a metade feminina da dupla lançava o homónimo de estreia como Fever Ray, um disco que prolongava os ventos eléctricos, o techno minimal e a pop electrónica dos Knife, que tanto tem de macabro como de irresistível.

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Gorillaz - Plastic Beach

Nas bandas com mulheres de curvas generosas, é habitual que a imagem distraia o potencial ouvinte do essencial, que deveria ser sempre a música. É fatal como o destino: as pernas vendem mais do que as cordas vocais. Sempre que a componente gráfica é tendencialmente mais forte do que o material que fica gravado, há esse risco. Os Gorillaz, a banda virtual criada em 1998 por Damon Albarn e pelo artista e ilustrador Jamie Hewlett, não correm esse risco: a bonecada chama a atenção mas os discos sobrevivem muito bem sem ela.

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Four Tet - There Is Love in You

O inglês Kieran Hebden, que desde o final da década de 1990 assina como Four Tet, nunca será um fenómeno de massas. E, no entanto, é quase injusto que assim seja porque, por mais digressões que faça pelas margens da electrónica, do jazz ou do hip-hop, sempre houve nele uma preocupação em ligar-se às pessoas. O problema é que esta música é desafiante e a espuma dos dias tem o mau gosto de não consentir grandes desafios - além daqueles que inevitavelmente se atravessam no caminho.

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assombro

é sempre a primeira palavra que me vem à cabeça quando oiço isto. e o resto do disco. e tenho-os ouvido de forma obsessiva nos últimos dias





perto do fim da vida, gil scott-heron olha para a infância e descreve a morte da avó, com quem foi criado, da forma mais bonita que alguma vez ouvi:

and i was hurt and scared and schocked when lily scott left suddenly one night, and they sent a limousine from heaven to take her to god, if there is one

e depois explica como não é absolutamente necessário ter uma figura masculina para crescer. assim:

my life has been guided by women but because of them i'm a man

Gil Scott-Heron - I'm New Here

O que dizer de um homem que, nos anos 70 e 80, foi uma voz da consciência negra numa América feita de retalhos? Que é o Bob Dylan negro? Que foi o padrinho do hip-hop? Que a sua influência só foi justamente medida, avaliada e reavaliada depois do seu tempo e não durante? Pode dizer-se isso tudo e tudo isso é verdade. Mas o que "I'm New Here", o primeiro álbum de Gil Scott-Heron em 16 anos, verdadeiramente mostra é um homem resignado, humilde e ainda capaz de colher ensinamentos do momento actual.

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Joss Stone: a leveza fica-lhe bem

Quando alguém é precoce ao ponto de gravar um disco com 16 anos, ainda para mais com um vozeirão de negra anafada, fica-se sempre à espera do primeiro e potencialmente fatal tropeção. Pois, Joss Stone aguentou-se bem do primeiro, "The Soul Sessions", para o segundo álbum, "Mind, Body & Soul", começou a ceder ao terceiro, "Introducing Joss Stone", e basicamente fez o que quis com o quarto. Foi justamente "Colour Me Free!", editado no ano passado, que apresentou esta segunda-feira a um Coliseu dos Recreios esgotadíssimo.

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Massive Attack - Heligoland

Como aquela peça de roupa que sempre nos deixou ficar mal mas a que resolvemos dar uma última oportunidade, fez-se a rodagem de "Heligoland" de carro na noite de Lisboa. Muito longe de ser má conselheira, a noite não consegue, no entanto, esconder a pasta datada e pálida que é o quinto álbum de estúdio dos Massive Attack. Sete anos depois de "100th Window", o duo de Bristol surge ultrapassado num tempo que já não é deles.

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O toque de Midas (rep.)

Repetição do programa de 29 de Dezembro de 2009.

Playlist aqui.

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emitido a 09 Fevereiro

Charlotte Gainsbourg - IRM

Antes de mais, tiremos duas ou três sombras do caminho para chegar a este "IRM": a do pai, a do produtor e a da morte. Comecemos pela segunda sombra. O novo disco de Charlotte Gainsbourg passaria por um bom disco de Beck se Beck tivesse voz de menina. Ele faz quase tudo no álbum, só não dá a voz. Logo, por detrás de uma grande mulher também pode estar um grande homem - sobretudo, se esse homem for Beck.

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A década de 90 nos idiomas de rua

Depois de um programa dedicado ao dancehall e ao hip-hop de travo clássico, o Coffee Breakz dedica a próxima hora à década de 90 nos idiomas de rua. Common (na foto), A Tribe Called Quest e Lords of the Underground são algumas das memórias no prato de vinil.

01 Special Ed Think About It
02 Gang Starr Check the Technique
03 Common Soul by the Pound
04 KRS-One w/ Puff Daddy Step Into a World (Bady Boy Remix)
05 Alkohaliks Only When I'm Drunk
06 A Tribe Called Quest Award Tour
07 Camp Lo Luchini (This Is It)
08 Lords of the Underground Chief Rocka
09 Lost Boyz Music Makes Me High
10 Notorious B.I.G. w/ Puff Daddy & Lil Kim Notorious B.I.G.
11 Roxanne Shante Go On Girl
12 Stetsasonic Sally
13 The Stop the Violence Movement Self Destruction
14 Kool Moe Dee How Ya Like Me Now (Extended Version)
15 Kwame Ownlee Eue

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emitido a 02 Fevereiro

Dancehall e hip-hop da velha escola

Esta semana, o Coffee Breakz oferece uma hora de dancehall e hip-hop da velha escola. Beenie Man (foto), Masta Ace e Big Daddy Kane são alguns dos ingredientes deste rolinho de sushi e sashimi jamaicanos.

01 Terror Fabulous / Nadine Sutherland Action
02 Lady Saw Hardcore (It's Raining)
03 Michie One Rich Girl
04 Patra w/ Lyn Collins Think (About It)
05 Beenie Man Memories
06 Bounty Killer Benz and Bimma
07 Dirtsman Rough This Year
08 Donovan Steele Kerry
09 Rayvon No Guns No Murder (La Di da Di)
10 Marley Marl w/ Masta Ace, Craig G., Big Daddy Kane, Lil' Daddy Shane, Kool G Rap Symphony, Vol. 2
11 Biz Markie Nobody Beats the Biz (Dub Version)
12 Biz Markie w/ Big Daddy Kane Just Rhymin' with Biz
13 Run DMC Together Forever (Krush Groove 4) (Live at Hollis Park `84)
14 Sister Nancy Bam Bam
15 Dawn Penn You Don't Love Me (No, No, No)

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emitido a 26 Janeiro

O frio das espadas dos novos puritanos

O Coffee Breakz desta semana começa por render homenagem a Jay Reatard, que, antes de morrer (aos 29 anos!), gravou a versão de um original dos Nirvana (as pessoas boas querem-se juntas). Depois, dá a conhecer os Phantogram e os Keepaway, antecipa as Dum Dum Girls e os Happy Birthday e demora-se nos contos de samurais dos These New Puritans (na foto).

01 Jay Reatard Frances Farmer Will Have Her Revenge On Seattle
02 jj Let Go
03 Happy Birthday Girls FM
04 Dum Dum Girls Jail La La
05 Keepaway Yellow Wings

06 These New Puritans
6.1 Attack Music
6.2 We Want War
6.3 Drum Courts-Where Corals Lie

07 The Ruby Suns Cranberry (radio edit)
08 Phantogram Running From the Cops
09 Memoryhouse To the Light House (Millionyoung remix)
10 E. Gold Separate Our Hearts feat. Alexis (Ghost Hunter remix)
11 Telephoned Rockin' That Thang

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emitido a 19 Janeiro

O altar do ano

O Coffee Breakz desta semana conclui o balanço de 2009 com os cinco discos internacionais que faltava escutar. A seguir, revela os 10 álbuns nacionais que quer levar no CPU para memória futura. Para ouvir Dirty Projectors, Mos Def, Fever Ray, Ana Moura e o nosso Legendary Tigerman acompanhado por belas mulheres como Asia Argento (na foto).

01 Sunset Rubdown Apollo and the Buffalo and Anna Anna Anna Oh! (#5)
02 Dirty Projectors Two Doves (#4)
03 Mos Def Auditorium (#3)
04 Animal Collective Bluish (#2)
05 Fever Ray Keep the Streets Empty for Me (#1)

álbuns nacionais:
06 Batida Korimbas Gruvi (#10)
07 Tó Trips Electric Marrakesh (#9)
08 Mazgani Thirst (#8)
09 The Legendary Tigerman My Stomach Is the Most Violent of All of Italy (feat. Asia Argento) (#7)
10 Mayra Andrade Odjus Fitchádu (#6)
11 Melech Mechaya Dança do Desprazer (#5)
12 Ana Moura Não É um Fado Normal (#4)
13 Aquaparque De Dentro de uma Baleia (#3)
14 Norberto Lobo Ayrton Senna (#2)
15 Teratron Go Skitzo (feat. Backyard Bully) (#1)

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emitido a 12 Janeiro

Owen Pallett - Heartland

Owen Pallett era Final Fantasy até há bem pouco tempo. Foi assim que editou "Has a Good Home", em 2005, e "He Poos Clouds", no ano seguinte. Deixou de o ser agora porque "Heartland" é o primeiro disco a sair no Japão e o músico quis evitar problemas com a empresa que fabrica o videojogo com o mesmo nome. Mas não é só isso que muda ao terceiro disco do compositor, violinista e cantor canadiano (ele que assinou parte dos arranjos de cordas dos dois monumentais álbuns dos Arcade Fire).

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These New Puritans - Hidden

No processo de criação deste segundo álbum, o vocalista dos These New Puritans anunciou que a música andava próxima de dancehall misturado com Steve Reich. Ao ouvir "Hidden", conclui-se que Jack Barnett, que é também letrista e co-produtor, não mentia. O sucessor de "Beat Pyramid", este de 2008, é uma jornada épica pelos caminhos de um dub atmosférico sempre muito agarrado à percussão, que é afinal o habitat mais óbvio de um dos mais importantes compositores vivos. (Steve Reich, pois claro!)

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O segundo toque de Midas

Na pausa de fim de ano, o Coffee Breakz volta a ligar o piloto automático com os parceiros de crime londrinos. Da lista 09 do Rhythm Incursions ainda fazem parte Zomby (na foto), Ras G, Simian Mobile Disco e Jose James, entre outros.

Easy & The Center of the Universe – Legend of Selda
Ras G – Lisa Bonnet
Maxmillion Dunbar – Bare Feet
Declaime and Flying Lotus – Lit Up
Tokimonsta – Let Me Trick U
Computer Jay – Distance
Slugabed – Gritsalt
FaltyDL – To London
FaltyDL – Party
Zomby – Godzilla
Shortstuff – Stuff
Desto – Disappearing Reappearing Ink
Dorian Concept – Trilingual Dance Sexperience
Starkey – Miracles (Jamied Vexd remix)
Martyn ft dBridge – These Words
Pangaea – Mosaix
Breakage ft Newham Generals – Hard
Sibian Mobile Disco ft. Beth Ditto – Cruel Intentions (Joker remix)
Krytics Minds – One of Us
Peverelist ft Pinch – Revival
Jose James – Black Magic (Untold remix)
Mark Pritchard ft. Om’mas Keith – Wind It Up
Quarta330 – Bleeps from Outer Space
XLII – Podgy Swing
Darkstar – Aidy’s Girl is a Computer
Ben Sharpa – Off the Rails
Build An Ark – In Her Smile (Daedelus remix)
Clutchy Hopkins – Tune Traveller
Pearson Sound – Wad
Deadbeat – Lessons in Darkness
Blue Daisy – The Fall
Poirier ft Face-T – Enemies
Machinedrum ft Mickey Factz – Freshkids
Aardvark – Duntit
Non+Hermutt Lobby – Saved (Cupp Cave remix)
Hudson Mohawke – Overnight
Mount Kimbie – Serged
Floating Points – Love Me Like This (No Nonsense Dub)
Mos Def – Quiet Dog, Bite Hard
Shafiq Husayn ft Fatima – Lil’ Girl
Dam Funk – Kill Dat
Mr Chop and CL Smooth – T.R.O.Y
Toddla T ft Mr Versatile – Rice and Peas
Soundspecies ft Ahu – Can We Call It Love?

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emitido a 05 Janeiro

Heyoka - Gate Code

Muti Music



Considering how much collective sweat critics and fans dripped for phenomena like grime and dubstep in recent years, one would come to expect a much warmer welcome to records like this. Heyoka's "Gate Code" follows last year's "Space Case EP", his first release on the Muti Music label, and has every twist and turn you normally file under the glitch hop and instrumental hip-hop tags. That being said, why aren't these 13 tracks getting all the love they deserve?

The answer lies in the very foundation of the music business and the way it sets some trends and prevents others from growing bigger and further apart. And so, after a period of good press for anything dub- and glitch-centered, now it's time to once again turn up the amps and forget all about the cold production work emerging from London's ghetto blasters. It's then a less favorable time for Andrei "Heyoka" Olenev's music to unfold commercially.

But putting all market trends aside, what remains true and well worth its salt is this Bay Area cat's music. Gaining a name for himself as one of San Francisco's top-notch new producers, Heyoka has already opened for some major acts in the scene like Benga and Skream. As the promotional material puts it, much of the album was composed while on a trip to Uruguay earlier this year, and it's actually easy to discern some journey-like qualities in this music.

Tracks like the opener "Sonidas de la Cabeza" or the subsequent "Galactic Tea Pad" possess a strength that can't be measured in muscle. While succeeding in delivering a dub-centric collection of tracks, this West Coast producer never seems to overlook the juicy elements coming from the IDM and downtempo fields. The glitch factory is thus open once again and run by a new manager, one that likes the propulsive beat just as much as he cares for the melodious aspects that only human voice can provide – even when it undergoes some sort of studio surgery.

It's like Heyoka is putting his material on a shoestring budget, saving on the superfluous to deliver fat beats only when the time feels right – and the time feels right just before the beat induces some sort of cardiac arrest. The most notable examples of this build-up of tension and expectations are cuts like "Flying Dub Sauce" and the closer "Hazy". But go figure yourself and don't expect to move away from this stuff anytime soon.

http://www.properlychilled.com/music/release/724

Vampire Weekend - Contra

Se houver ponta de justiça neste mundo, não passaremos nenhum dos próximos anos sem ouvir falar dos Vampire Weekend. Foi assim desde que o início, em 2006, quando o quarteto nova-iorquino se formou e começou a gerar farta discussão na Internet. O falatório à volta de um grupo de putos brancos, com o coração (e sobretudo, as guitarras) em África, precipitou a gravação do álbum de estreia, em 2008. O disco homónimo despertou o mundo para um fenómeno que iria arrastar-se pelos derradeiros anos da primeira década dos 00.

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O toque de Midas

Na pausa de Natal, o Coffee Breakz segue com o piloto automático ligado aos parceiros de crime londrinos. Da lista 09 do Rhythm Incursions fazem parte King Midas Sound (na foto), Stoney Jackson, Talib Kweli e Oh No, entre outros.

Nasdroic Room Mist
The Slew Robbin Banks, Doin Time
Kids in Tracksuits ft Non genetic No Hooks
Dizz1 Konotakosuke Yaro
Instra:Mental Watching You
Scuba Symbiosis
Stoney Jackson ft Talib Kweli Get Started
Heliocentrics & Mulatu Astatke Masenqo
Oh No When Nah
DOOM Ballskin
Robot Koch Heaven
Teebs Untitled 9
Samiyam Bonus Mission
B-Ju Philly Run
G.O.D Desrunay
Loops Haunt Joplin
Exile The Sound is God
Little Dragon After The Rain (GB reinterpretation)
Karriem Riggins 12s in 8s
Mayer Hawthorne Just Aint Gonna Work Out (Astronote El Camino remix)
Mono/Poly – The Beatles
Tranqill – Payroll (Paul White clean dub)
2nd Class Citizen – The Day You’re Lost or Found
King Midas Sound – Lost
Diamond District – Who I Be
Debruit ft. Om’mas Keith and Jamie Woon – I’m Goin’ Wit You
Erikah Badu – Real Thang (fLako remix)
Nosaj Thing – Quest
Joker – Digidesign (Om Unit’s Pop and Lock remix)
Foreign Beggars ft Kashmere, Jehst and 2tall – No More
Leatherette – In July Focus Rite
Depakote – Lilykoranic
El Michels Affair – Duel of the Iron Mics
Milanese ft. Ben Sharpa – Disclosure
Dr. Who Dat? – Viberian Twilight pt2
Lorn – Wake Up Fucked Up
Ras G – Eunice in White
Alix Perez ft Yungun – Calm of Cast
Disrupt – Sega Beats
Architeq – Birds of Prey (Jackhigh remix)
Lambent – Groove Analyse
Mike Slott – 40 Winx
Alice Russell – All Alone (DJ Day meets Clutchy Hopkins remix)
Architeq – Babylon
Raekwon – House of Flying Daggers
Architeq – Sleeping Bear’s Lament (TAKE remix)
M64 – Rhythm of the Drum (Dert remix)

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emitido a 29 Dezembro