29/04/2009
Nadja - Only Shallow
Não é a primeira vez que acontece mas fazer uma versão dos My Bloody Valentine (MBV) é sempre corajoso. Os Nadja, um duo de Toronto, acabam de editar um álbum de versões, "When I See The Sun Always Shines On TV", que abre com uma reinterpretação da monumental 'Only Shallow' e ainda inclui versões dos Swans, Elliott Smith e Slayer, entre outros. Há um óbvio parentesco entre os canadianos e os irlandeses MBV: o conceito de shoegazing.
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Cotonete Play
Bizarra Locomotiva - Álbum Negro
O escritor José Luís Peixoto tem razão quando escreve que «sem piedade, "Álbum Negro" é brutal mesmo nos momentos mais brandos, mais lentos». É quase desnecessário esclarecer que o termo "brutal" é aqui usado no sentido de "força bruta", não no sentido adolescente da coisa. A Bizarra Locomotiva regressa pois com a fuligem do metal industrial mais consistente do burgo e em 14 apeadeiros que são um estalo de sujidade, barulho e elogio da electricidade.
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discos
DOOM - Born Like This
Ser capa da revista Wire não é para todos e menos ainda na área do hip-hop. Foi por isso com algum espanto que se viu a máscara de ferro de MF Doom na capa do número de Março de 2005. Já não acontecia há um ano (e não voltou a acontecer nas edições seguintes) mas ver os cLOUDDEAD em grande destaque sempre se compreende melhor. 2004 foi o ano da explosão do hip-hop mais cerebral, graças à hiperactividade dos membros do clã Anticon.
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discos
20/04/2009
a suécia
Gosto de cidades que me engolem. É assim em Lisboa, foi assim em Bergen e Nova Iorque. Estou certo de que será assim em próximas moradas. Nada é quase nada, é quase, quase tudo! E isto não vai acabar bem, já não está bem. E, às vezes, basta sentir os cristais de gelo sob os pés gelados, mais aquele ruído crocante de neve (já gelo) a estalar, para percebermos. Basta isso mas é sempre tudo tão pouco, Tudo é tão insignificante e efémero, tão infinitamente pequeno e desprezível. Não valemos nada. É ridículo como pensámos que conseguíamos mudar o mundo. Só porque, quando estendíamos o braço e apontávamos o céu, conseguíamos pegar na lua ao colo. Tudo não passa de nada, um glorioso e consumido nada. Isto não está a dar certo, não vai acabar bem, vai só acabar. Sinto um fascínio enorme pelas pequenas coisas - como as marcas de café na chávena, como os miúdos angolanos a dançar kizomba no vídeo dos Buraka, como (eu sei lá, eu não sei nada) uma página dobrada ao acaso num livro. Tudo não passa de letras, números e música. E a música é que nos mata!
E depois, às vezes, basta dizer que nasceu na Suécia para nos conquistar:
Nunca fui a nenhuma cidade da Suécia - tenho pena!
E depois, às vezes, basta dizer que nasceu na Suécia para nos conquistar:
Nunca fui a nenhuma cidade da Suécia - tenho pena!
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Esplendor na Relva
19/04/2009
A mulher fatal no Coffee Breakz
A hora que se segue começou por ser programada a partir do conceito de "femme fatale", que é também o título de uma música dos Velvet Underground com Nico (na foto). E então, alinhámos algumas das nossas mulheres preferidas: Bat For Lashes, Lykke Li, Neko Case, Nina Simone, Laurie Anderson, etc. Mas rapidamente perdemos o norte e o que ficou foi uma hora só com vozes femininas, onde menino não entra - ou só entra para ajudar em fundo.
01 Bat For Lashes Daniel
02 Lykke Li Little Bit
03 Neko Case Prison Girls
04 The Velvet Underground & Nico Femme Fatale
05 Cat Power Naked, If I Want to
06 Portishead Nylon Smile
07 Nina Simone Everyone's Gone to the Moon
08 Massive Attack Unfinished Sympathy
09 Sleater-Kinney Banned From the End of the World
10 Helium Cosmic Rays
11 Sugarcubes Birthday
12 Laurie Anderson O Superman
13 Celia Cruz Mi Bomba Sono
14 Midfield General w/ Linda Lewis Reach Out
15 Sara Montes Noches en Vela
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emitido a 7 Abril
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Rádio Zero
18/04/2009
Cymbals Eat Guitars - Wind Phoenix
Se há coisa que o indie rock fez bem nos últimos anos foi perder o fulgor de outros tempos. E isso aconteceu apesar das estimulantes vagas que foram surgindo e apesar também de, muito provavelmente, os Arcade Fire virem a ser apontados como a banda mais relevante da presente década (como já vai sendo falado). Os campeonatos da música são, no entanto, muito mais disputados com o coração do que com a cabeça.
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Cotonete Play
Stevie Wonder - Live at Last (DVD)
No ano em que a Motown assinala meio-século de actividade, sai para o mercado o primeiro registo de Stevie Wonder em DVD. Cego à nascença, o músico assinou pela etiqueta com apenas 11 anos. Chega pois a ser inevitável aplicar-lhe pelo menos dois chavões reles e batidos: o de que ele é uma lenda viva da soul, o outro de que a história dele se confunde com a história dela, a editora - Wonder é apenas oito anos mais velho que a Motown.
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discos
14/04/2009
Lisa Ekdahl - Give Me That Slow Knowing Smile
A sueca Lisa Ekdahl é o que Diana Krall nunca devia ter deixado de ser. Pegar em standards de jazz e numa boa voz e costurar um disco de pop aromatizada não será fácil. Há logo uma legião de críticos pronta a, quais hienas, lançar-se sobre o objecto acabado e apontar-lhe uma bainha mais descosida, um botão em falta, uma manga comprida demais. De Ekdahl os críticos americanos têm dito que a voz acriançada não se adequa ao jazz. Preferem, pois, a pasmaceira de Krall.
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discos
13/04/2009
crepúsculo clandestino
Passo anos sem chorar, sem derramar uma única lágrima. Nem sempre por opção, quase sempre porque sei que, se começar, posso não parar mais. Esta tarde, descobri que posso abafar a dor com o pé no acelerador do carro. A certa altura, o auto-rádio começou a cantar isto:
E eu perguntei-me se não seria também o nosso amor assim, clandestino. Se o não seriam todos. E ultrapassei mais um e depois outro e cheguei aos 160km/h e voltei a reduzir. Confesso que queria entrar em Lisboa pelo pôr-do-sol. Não há cidade mais bela quando o sol se esconde. Não conheço todas as cidades do mundo, bem sei, mas estas coisas sentem-se, porra!
Tenho um caso com Lisboa, um amor clandestino!
E eu perguntei-me se não seria também o nosso amor assim, clandestino. Se o não seriam todos. E ultrapassei mais um e depois outro e cheguei aos 160km/h e voltei a reduzir. Confesso que queria entrar em Lisboa pelo pôr-do-sol. Não há cidade mais bela quando o sol se esconde. Não conheço todas as cidades do mundo, bem sei, mas estas coisas sentem-se, porra!
Tenho um caso com Lisboa, um amor clandestino!
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Esplendor na Relva
12/04/2009
vasto mar de sargaços
Estou a ler o livro com este título de Jean Rhys.
Começa assim:
Dizem que cerremos fileiras quando as dificuldades chegam, e assim fizeram os brancos. Mas nós não estávamos nas fileiras deles. As damas da Jamaica nunca tinham dado a sua aprovação a minha mãe, «porque ela muito como ela só», dizia Christophine.
Não sei ainda como acaba, estou a metade de saber. Mas na contracapa lê-se:
Perdida entre estranhos numas Antilhas tão fascinantes como opressivas, vítima de diversos infortúnios familiares e minada pela incompreensão e desprezo do marido, Antoinette vai perdendo tudo o que amava, incluindo a segurança necessária para manter o equilíbrio mental...
Começa assim:
Dizem que cerremos fileiras quando as dificuldades chegam, e assim fizeram os brancos. Mas nós não estávamos nas fileiras deles. As damas da Jamaica nunca tinham dado a sua aprovação a minha mãe, «porque ela muito como ela só», dizia Christophine.
Não sei ainda como acaba, estou a metade de saber. Mas na contracapa lê-se:
Perdida entre estranhos numas Antilhas tão fascinantes como opressivas, vítima de diversos infortúnios familiares e minada pela incompreensão e desprezo do marido, Antoinette vai perdendo tudo o que amava, incluindo a segurança necessária para manter o equilíbrio mental...
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livros
Noiserv, o som e a fúria contidos
Um concerto de Noiserv é uma experiência intimista, contida e de uma beleza que arrebata e desarma. Esta sexta-feira, o Cabaret Maxime compôs-se para receber David Santos, ainda a apresentar o álbum de estreia, "One Hundred Miles From Thoughtlessness", lançado no ano passado em edição de autor. Com ele, o momento é tudo e tudo é ao vivo: as palavras ditas, os sons captados no início são depois samplados ao longo de cada canção.
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concertos
GZA, RZA e Bill Murray
Esta é uma das passagens de "Café e Cigarros", de Jim Jarmusch, que mais gosto de rever. Mas esta (Iggy Pop + Tom Waits) é a melhor!
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filmes
11/04/2009
o cristo
Quando, a 3 de Março, João Miguel Tavares assinou este texto no DN, eu chamei a atenção de alguns amigos para a piada do artigo. JMT tem muita graça. Ponto. E pronto, às vezes, neste país, ter graça equivale a cair em desgraça. JMT foi processado pelo primeiro-ministro, aqui descrito como "o Cristo da política portuguesa". Ora, agora que é Páscoa e o dito desce da cruz, vale a pena recordar a peça. E eu, que passo a vida a dizer que faço tudo por uma boa piada, não posso deixar de registar que há quem o faça também - só que com consequências mais graves... e no exercício da sua profissão.
O artigo começa assim:
Ver José Sócrates apelar à moral na política é tão convincente quanto a defesa da monogamia por parte de Cicciolina. A intervenção do secretário-geral do PS na abertura do congresso do passado fim-de-semana, onde se auto-investiu de grande paladino da "decência na nossa vida democrática", ultrapassa todos os limites da cara de pau.
e termina assim:
Como político e como primeiro-ministro, não faltarão qualidades a José Sócrates. Como democrata, percebe-se agora porque gosta tanto de Hugo Chávez.
Aleluia!
O artigo começa assim:
Ver José Sócrates apelar à moral na política é tão convincente quanto a defesa da monogamia por parte de Cicciolina. A intervenção do secretário-geral do PS na abertura do congresso do passado fim-de-semana, onde se auto-investiu de grande paladino da "decência na nossa vida democrática", ultrapassa todos os limites da cara de pau.
e termina assim:
Como político e como primeiro-ministro, não faltarão qualidades a José Sócrates. Como democrata, percebe-se agora porque gosta tanto de Hugo Chávez.
Aleluia!
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Esplendor na Relva
10/04/2009
Swan Lake - A Hand at Dusk
Os Swan Lake são daquelas bandas em que a simples divulgação dos nomes envolvidos tem o efeito de uma gigantesca operação de marketing. O problema é que nem sempre a união de titãs é garantia de qualidade. Mas nem os músicos que fazem o trio canadiano de indie rock são gigantes nem os egos de cada um corrompem o objecto último. Os Swan Lake são pois Daniel Nejar (dos New Pornographers, entre outros), Carey Mercer (Frog Eyes) e Spencer Krug (que pontifica nos Wolf Parade).
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Cotonete Play
Old Jerusalem - Two Birds Blessing
Com nome retirado da canção que fecha "Viva Last Blues" de Will Oldham, então como Palace Music, Old Jerusalem é caso raro na música portuguesa. Desde a ligação umbilical de Francisco Silva aos Alla Polacca (outra ave rara), vertida para o disco "Old & Alla", à crescente maturação em nome próprio, Old Jerusalem é hoje o nome que menos custará exportar, a partir do cancioneiro português cultor do formato homem e guitarra.
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discos
Bat For Lashes - Two Suns
Natasha Khan é filha de pai paquistanês e de mãe inglesa. O cruzamento dos traços de ambos e de ambas as culturas resultou numa mulher bonita e cheia de talento. E, por vezes, o excesso de talento pode significar também um grave problema, como veremos adiante.
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discos
05/04/2009
Recloose - Perfect Timing
Sonar Kollektiv
Matt Chicoine is a once-Detroit-based producer who crafts some funky joints with plenty of replay value. When his latest offering under the Recloose moniker, "Perfect Timing", fell into my lap, packed with ten instantly listenable numbers, it struck me as odd that these upbeat slices of music weren't praised by all dance hipsters out there. But then I realized that Chicoine has a reputation-cementing career all of his own.
Recloose has a respectable output of EPs for Carl Craig's Planet E label where he often tosses out some feel-good moments that are simply unmatched for intensity in the trip-hop market. He also helped fill out Craig's Innerzone Orchestra for international live sets back in the late 90s, before he entered the studio to finally release the seminal "Cardiology" on Planet E in 2002.
Of course these early endeavors can be pretty hard on the street cred, especially if you're trying to come up with a sound that is fresh and ready to beg off the simple cloning practices of your peers. But it's more likely that the potential detractors are simply barking at the wrong tree, as Recloose's is a work of commendable value and not that of stocking stuffers.
There is this one moment that is both defining of the entire album and capable of leaving the listener only a notch less than fainting-level excited. That moment is the "Emotional Funk" track which inaugurates the second half of "Perfect Timing", and features Tyna Keelan on vocals. The former Dubious Bros emcee and guitarist helps grease the wheels for yet another half of vibrant but coordinated knee and hip moves.
Keelan had already put his soft voice to work earlier on "So Cool", which stays halfway between incendiary funk and sweated-out jazz. And he returns later on for the minimal techno-driven "The Sanctuary". Other notable guests include Joe Dukie of Fat Freddy's Drop on the incredibly laid-back tropicalism of "Deeper Waters", and multi-instrumentalist Jonathan Crayford on the soothing finale "Daydream", sung by Rachel Fraiser as she does on the soulful opener "Catch a Leaf".
Overall, this is a record by someone who never loses his pulse, and therefore never lets his music drift into the obscure and pretty boring realms of music academia. "Perfect Timing" is supposed to make you feel good and there's no timing more perfect than right now.
http://www.properlychilled.com/music/release/profile.php?view=663
Matt Chicoine is a once-Detroit-based producer who crafts some funky joints with plenty of replay value. When his latest offering under the Recloose moniker, "Perfect Timing", fell into my lap, packed with ten instantly listenable numbers, it struck me as odd that these upbeat slices of music weren't praised by all dance hipsters out there. But then I realized that Chicoine has a reputation-cementing career all of his own.
Recloose has a respectable output of EPs for Carl Craig's Planet E label where he often tosses out some feel-good moments that are simply unmatched for intensity in the trip-hop market. He also helped fill out Craig's Innerzone Orchestra for international live sets back in the late 90s, before he entered the studio to finally release the seminal "Cardiology" on Planet E in 2002.
Of course these early endeavors can be pretty hard on the street cred, especially if you're trying to come up with a sound that is fresh and ready to beg off the simple cloning practices of your peers. But it's more likely that the potential detractors are simply barking at the wrong tree, as Recloose's is a work of commendable value and not that of stocking stuffers.
There is this one moment that is both defining of the entire album and capable of leaving the listener only a notch less than fainting-level excited. That moment is the "Emotional Funk" track which inaugurates the second half of "Perfect Timing", and features Tyna Keelan on vocals. The former Dubious Bros emcee and guitarist helps grease the wheels for yet another half of vibrant but coordinated knee and hip moves.
Keelan had already put his soft voice to work earlier on "So Cool", which stays halfway between incendiary funk and sweated-out jazz. And he returns later on for the minimal techno-driven "The Sanctuary". Other notable guests include Joe Dukie of Fat Freddy's Drop on the incredibly laid-back tropicalism of "Deeper Waters", and multi-instrumentalist Jonathan Crayford on the soothing finale "Daydream", sung by Rachel Fraiser as she does on the soulful opener "Catch a Leaf".
Overall, this is a record by someone who never loses his pulse, and therefore never lets his music drift into the obscure and pretty boring realms of music academia. "Perfect Timing" is supposed to make you feel good and there's no timing more perfect than right now.
http://www.properlychilled.com/music/release/profile.php?view=663
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discos
Fever Ray e os farrapos eléctricos
Uma semana depois da edição física, o Coffee Breakz insiste na estreia da metade feminina dos suecos The Knife. Fever Ray (na foto) é música que arrepia e seduz em partes iguais, o que faz de Karin Dreijer Andersson a nossa primeira musa de 2009. No início da primeira parte, servimos três fatias da compilação "Dark Was the Night": por esta ordem, Cat Power, Beirut e Buck 65. Ainda ouvimos o que andam a fazer um ex-Sunny Day Real Estate, a doce Dawn Landes e The Pains of Being Pure at Heart. Esta emissão devia ter sido gravada em tronco nu. Mas não foi.
01 Dark Was the Night
1.1 Cat Power Amazing Grace
1.2 Beirut Mimizan
1.3 Buck 65 Blood, Pt. 2 [Remix] (feat. Sufjan Stevens and Serengeti)
02 Street Sweeper The Oath
03 Street Sweeper Clap for the Killers
04 Jeremy Enigk Mind Idea
05 Dawn Landes Straight Lines
06 Fever Ray
6.1 If I Had a Heart
6.2 Keep the Streets Empty For Me
6.3 When I Grow Up
6.4 When I Grow Up (D. Lissvik remix)
7 Grizzly Bear Cheerleader
8 Bill Callahan Eid Ma Clack Shaw
9 The Pains of Being Pure at Heart 103 (live in Austin, Texas)
10 Thunderheist Space Cowboy
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emitido a 31 Março
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Rádio Zero
BLK JKS - Lakeside
Os BLK JKS são tidos e achados na imprensa internacional como os novos Nirvana (na mais hiperbólica das definições) ou os Vampire Weekend ou TV on the Radio deste ano (na análise mais contida da coisa). Descontando o "hype", temos aqui banda com nervos de aço. E em boa altura eles explodem porque o mundo voltou a olhar para África como berço de um imenso legado civilizacional, histórico e cultural.
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Cotonete Play
03/04/2009
02/04/2009
Pearl Jam - Ten (Legacy Edition)
Quem atravessou os anos 90 enfiado num par de jeans coçadas e com vontade de fugir de casa não pode deixar de sentir alguma nostalgia ao ver reeditado um dos seus objectos de culto. Crescer no seio de uma família disfuncional não foi um exclusivo dessa década, claro, mas era então quase a norma, nunca a excepção. Esse foi um conceito emergente em Seattle, a cidade maldita que já servira de berço a Hendrix, conceito rapidamente exportado para fora de portas.
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discos
Diana Krall - Quiet Nights
Ponto um: Diana Krall chega a ser aborrecida, enfadonha até. Ponto dois: tal como na fábula moderna das duas cabras que comem latas de filme e uma diz para a outra: "é bom, mas gostei mais do livro", é tentador elogiar a sua verve inicial (metáfora do livro) e desancar na banalização do registo jazz numa pop de consumo rápido como massas instantâneas (o filme). Ponto três: chegados a "Quiet Nights", há pelo menos duas ou três razões para nos demorarmos algumas linhas na música dela.
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discos
Blog da Semana: BrainDance
«A paixão da música vem de longe, ainda eu era garoto», começa por dizer João Nunes, criador e único dinamizador do BrainDance, o blog desta semana no Cotonete. Corria a década de 80 e «já fazia mixtapes com músicas que gravava em alguns programas da Rádio Comercial, nomeadamente Som da Frente, Rock em Stock e Lança Chamas», recorda. Seguiu-se a experiência na rádio, primeiro no liceu, nas piratas e na RUC, a Rádio Universidade de Coimbra.
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Blog da Semana
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