Já sei que o mundo arde lá fora. Hoje estou-me nas tintas para isso e para tudo o resto, para todos os restos. Não leves a mal o meu cinismo, a minha criminosa indiferença. Eu não sou assim, não o sou todos os dias. É tudo uma enorme peça de teatro e foram-me buscar porque ainda acreditam no teatro amador. Sabia que iria acabar por acontecer. Aconteceu hoje. Mostro sempre o meu lado mais imbecil como cartão de apresentação. Esvazio as expectativas que possas ter sobre mim. Não o faço por mal. Faço porque não sei fazer quase nada. E porque dá trabalho tentar ser de outra forma e eu sou preguiçoso. Gosto do ócio, de passar a tarde em esplanadas ao sol. Não me iludo, sei que não esperarás muito de mim. Sei que o mundo nem me conhece nem espera nada de mim. Mas olha lá de novo pela janela: o mundo arde. Triste fim o dele, não é? Eu próprio não espero grande coisa de mim. Mas sabes, recuso-me a arder com ele. E tu que nem sequer existes. Existe lá!
29/01/2009
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