13/04/2009

crepúsculo clandestino

Passo anos sem chorar, sem derramar uma única lágrima. Nem sempre por opção, quase sempre porque sei que, se começar, posso não parar mais. Esta tarde, descobri que posso abafar a dor com o pé no acelerador do carro. A certa altura, o auto-rádio começou a cantar isto:





E eu perguntei-me se não seria também o nosso amor assim, clandestino. Se o não seriam todos. E ultrapassei mais um e depois outro e cheguei aos 160km/h e voltei a reduzir. Confesso que queria entrar em Lisboa pelo pôr-do-sol. Não há cidade mais bela quando o sol se esconde. Não conheço todas as cidades do mundo, bem sei, mas estas coisas sentem-se, porra!

Tenho um caso com Lisboa, um amor clandestino!


2 comentários:

Débora disse...

Parece-me que Lisboa é a mulher mais bonita do mundo...

Já os Deolinda não me encantam tanto. Essa é mesmo a única música que ouvi deles que mexeu comigo.

Anónimo disse...

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