04/02/2009

badly drawn boy

Era madrugada de Verão. E era absolutamente proibido dormir. O carro ia cheio com amigos da faculdade e amigos de amigos da faculdade. Tínhamos acabado de ver um Beck endiabrado como sempre, muito bom como sempre! Foi talvez o último Sudoeste a valer. Depois aquilo ficou enxameado de adolescentes e respectivas moranguices. Foi também o primeiro e último para mim. Nessa noite (acho que foi nessa noite) apertei a mão da Beth Gibbons, vi uma Beth Orton rigorosa e gloriosamente ébria em cima do palco.

E espreitei este tipo, ainda em pleno dia. Odeio concertos de dia! Mas, como todos sabem, o Badly Drawn Boy tem os gorros mais fixes da música. E esta canção tem muita, muita graça:





Tenho um bocadinho o complexo do rapaz mal desenhado.

Nesta música, o Badly Drawn Boy, para além de ser casado com a Rainha de Inglaterra e de ter a Madonna a seus pés, lembra-se de não ter feito nada na noite em que o Sinatra, o Jeff Buckley, o Kurt Cobain e o John Lennon morreram.

(Todos bonitos, todos mortos.)

Voltando ao litoral alentejano, era absolutamente proibido dormir no regresso a Lisboa porque a madrugada já ia bem alta. Porque estávamos todos cansados e era preciso manter o condutor acordado. Por solidariedade. Sei lá, por tudo isso e mais! Era mesmo necessário ficar desperto.

Adormeci pouco depois da primeira curva...


1 comentário:

eu disse...

Isto é-me familiar... acho que nem chegaste â primeira curva e já ias completamente ferrado... sem vergonha!!!! ;)